Era 08 de dezembro de 1952. Nascia o último filho de Dona Maria Isabel da Silva, conhecida como Pequena e de “seu” Tertulino Sales da Silva. Frequentou o catecismo na Capelinha de Deus Menino, no Engenho Velho de Brotas e fez sua primeira comunhão aos oito anos de idade.

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Cursou o ensino primário na Escola Sete de Setembro, na Vasco da Gama. Os seus amigos de adolescência eram na sua maioria do Engenho Velho de Brotas. Costumava jogar futebol nas margens do Dique do Tororó, com seu irmão Jorge e vizinhos. Sempre muito calado acompanhava-nos em todas as festas do bairro.

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Em 1967 chegou em nossa paróquia, um jovem padre holandês, Frei Pio Baars. Organizou imediatamente, um clube de jovens, o qual o batizamos de RENOVAÇÃO. Jônatas organizou imediatamente um jornal mural. Nesse jornal ele começou a publicar suas primeiras poesias e nos incentivava a também escrever algo para o mural.

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Cursou o ginasial no ICEIA – Instituto Central de Educação Isaías Alves, no Barbalho e o segundo grau no Colégio Estadual Góes Calmon, em Brotas. Concluiu o Curso de Letras pela UFBA, aos vinte e dois anos e imediatamente partiu para Campinas, para cursar o Mestrado. O objeto da sua dissertação tinha como título, “A vírgula não foi feita para humilhar ninguém”, dissertação não defendida. O seu segundo Mestrado, dessa vez no Instituto de Letras da UFBA, foi publicada pela EDUFBA com o título – VOZES QUILOMBOLAS – uma poética brasileira, defendida em 2003.

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Participou do MNU de São Paulo:” fiz-me presente ao primeiro ato público para o lançamento do MNU, no dia 07 de julho de 1978, nas escadarias do Teatro Municipal de São Paulo” (Silva, 2004, pag. 16) e, ainda em 1979 integrou-se ao MNU de Salvador.

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Coordenou o jornal NÊGO, do MNU de 1980 a 1990. Em 1991 o jornal passa a ter edição nacional, passando a sua coordenação para Edson Cardoso, em Brasília.

Em fins da década de 80, então radialista do IRDEB – Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia, se integrou ao programa TV Pirata de Selma Capinam, com o segmento de sua criação Fala Crioulo, no que foi auxiliado por sua irmã, Ana Célia.

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No Ilê Aiyê, atuou, principalmente como idealizador e coordenador do Projeto de Extensão Pedagógica para formação de professores/as para educação pluricultural, implementado nas escolas públicas da zona da Liberdade, de 2000 a 2005, patrocinado pela Prefeitura Municipal de Salvador. Este projeto, em 1997, concorreu ao “Prêmio Itaú-UNICEF Educação e Participação”, um concurso nacional, onde recebeu Menção Honrosa.

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Em 2001, criou o programa TAMBORES DA LIBERDADE, em uma parceria entre o Ilê Aiyê e a Rádio Salvador FM. Em 2002,o programa vai para a Rádio Metrópole e, finalmente, em 24 de novembro de 2007 vai ao ar na Rádio Educadora, onde está até os dias de hoje, aos sábados.

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Mesmo após a sua cirurgia esteve prestes a realizar o exame de qualificação, da sua tese de Doutorado em Literatura na UFBA, mas com o avanço do câncer contraído, isso foi impossível.

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Jonâtas faleceu em 03 de abril de 2009.

Deixou um filho com nove anos, Kayode Passos Santos Silva e viúva Maria Luísa Passos dos Santos.